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Augusto Boal

Irina Castro
Publicado em 2021-06-15

Augusto Boal, o Mestre Perplexo

Inspiração
As histórias que fazem parte do Teatro do Oprimido (TO) e, em particular, as narradas pelo mestre Augusto Boal, tendem inevitavelmente a começar na história do camponês Virgílio. Não é por mero acaso que a história de Virgílio, habitualmente contada no início das sessões de Teatro Fórum (uma das múltiplas vertentes e técnicas do TO) é tão importante enquanto primeiro contacto com o legado deste mestre dramaturgo e pedagogo que nos ensina a ensaiar a revolução.

 

Mas lá chegaremos. Primeiro quero apresentar-vos Augusto1, o jovem filho de Albertina Pinto Boal e do padeiro português José Augusto Boal, que vivia no Rio de Janeiro, Brasil. Diz a sua história2 que foi por volta dos 15 anos que começou a escrever peças de teatro onde retratava as opressões de classe do proletariado brasileiro3. Perplexo com a inatividade dxs trabalhadorxs face às suas opressões, Augusto tinha para si que o privilégio da sua posição de artista lhe conferia uma certa imunidade face à opressão que tentava visibilizar nas suas obras. Até certa medida, esta ilusão do privilégio dx artista caracterizou a etapa inicial do Teatro Político durante a década de 50 do século XX. Tal como muitxs artistas da sua geração, Augusto acreditava ser capaz de ensinar aos oprimidxs a forma como deveriam lutar contra as suas opressões.

 

Esta fase da sua vida não deve, no entanto, ser desconsiderada. Augusto sempre foi um homem perplexo com a opressão, particularmente com a que ocorria no seu país natal, o Brasil. Foi este o motivo que o fez regressar, em 1955, dos Estados Unidos da América, onde estudou Teatro na Universidade de Columbia, para se juntar ao Teatro de Arena de São Paulo. Foi aí, na Rua Teodoro Bayma nº94, se não me falha a referência, que Boal aderiu a um recém-nascido projeto estético-político brasileiro que mudaria para sempre a história do Brasil e do Teatro.

 

Enquanto dramaturgo do Teatro de Arena, Augusto escreveu dezenas de peças e dirigiu outras tantas sob influência dos métodos de Constantin Stanislavski e Bertolt Brecht, cujas propostas procuravam criar um teatro mais realista e autorreflexivo. Comprometido com a ideia política de criar uma dramaturgia nacional brasileira, Boal adaptou textos internacionais como “A Mandrágora” de Maquiavel, e coassinou outros tantos, como “Revolução na América do Sul” (1960) e “Arena conta Zumbi”(1965)4. É, nas bases deste último, e no seguimento de outros espetáculos como “Arena canta Bahia” (1965) “Arena Conta Tiradentes” (1967), que desenvolve o seu compromisso com os princípios de conscientização e luta que o conduzirão a desenvolver uma nova estética-ética de Teatro que o afastará da dramaturgia realística e impulsionará a sua filosofia da perplexidade.

 

Em 1964, e em pleno início da Ditadura Militar Brasileira, Augusto destaca-se, uma vez mais na história do Teatro enquanto diretor do musical-político Opinião. Nove meses depois do golpe militar que instalaria no Brasil uma ditadura militar de 21 anos, o espetáculo juntou Nara Leão, João Vale e Zé Keti (e mais tarde Maria Bethânia) marcando o início de um movimento teatral contra a ditadura que procurava resistir através da prática artística, e das situações simbólicas e alegóricas da realidade política.

 

É também, por volta desta década, que Boal conhece Virgílio o camponês, e aprende que afinal não sabia mais do que xs oprimidxs. Um dia, quando trabalhava para a liga de camponeses do nordeste do Brasil, conheceu Virgílio, um camponês de verdade. No final de uma peça na qual falsos camponeses (atores/atrizes) encenavam uma revolta com o grito “Temos de derramar o nosso sangue para salvar a nossa Terra” Virgílio, entusiasmado com a peça e a sua mensagem, acerca-se de Augusto e dxs seus companheirxs com um desafio ontológico: “Vocês pensam exatamente como nós, porque não pegam nas vossas armas?”, interrogou Virgílio. “Porque não trazem as vossas armas, e vamos lutar contra os donos das terras que ocuparam as nossas terras. Nós temos de derramar o nosso sangue”.

 

Perplexo, Boal hesita, tentando explicar a Virgílio que, na verdade, as suas armas eram parte do cenário e que, embora a sinceridade deles fosse genuína não o poderiam acompanhar. Eram apenas artistas de verdade, e não camponeses de verdade. Desapontado, Virgílio reage às justificações de Boal: “Então, quando um verdadeiro artista diz: vamos derramar o nosso sangue, vocês estão na verdade a falar sobre o NOSSO verdadeiro sangue, de verdadeiros camponeses, e não sobre o vosso”. Nasce assim em Boal um novo sentido sobre a perplexidade e com ele uma nova filosofia de teatro.

 


Mestre Perplexo
O que faz de Boal um Mestre do Mundo é a sua perplexidade. Não a perplexidade descrita no dicionário como aquela que indica o estado de se estar ou ser perplexo enquanto uma qualidade de hesitação, indecisão ou até de irresolução. A perplexidade de Augusto Boal inscreve-se no vocabulário do TO como a permissão para fazermos sentido teórico e prático do que aconteceu, imaginarmos o que não aconteceu, e ensaiarmos a possibilidade de outras coisas acontecerem (Boal, 1996). Ser-se perplexo é, pois, a filosofia das respostas infinitas às perguntas que nos procuram dominar pela racionalidade e pela técnica. Para Boal a pessoa perplexa é aquela que não toma como suas as certezas dadas pelas perguntas racionais, mas que partilha a perplexidade do infinito possível externo e interno a si5.

 

A história de Virgílio é o início da filosofia da perplexidade de Boal, o resultado do desafio direto à noção de posições privilegiadas no seio dxs oprimidxs, e o traçar de um processo de solidariedade revolucionária que jamais terminaria para Boal, mesmo depois da sua morte em 2009.

 

Importa, neste momento, clarificar o que é o TO. Muitxs irão classificar o TO como um método dramatúrgico, outrxs como uma teoria revolucionária. Haverá aquelxs que ainda lhe atribuirão um carácter de terapia. No entanto, é necessário não esquecer que apesar do TO ser isso tudo e muito mais, a sua base é a filosofia da perplexidade. Quero com isto dizer que em Boal não existe propriamente um método ou uma teoria que não seja em si mesmo processo da nossa perplexidade na vida. O TO não é um método fixo, não é uma obra acabada ou uma teoria estabelecida. Não é uma receita que se prescreve, um protocolo que se segue à risca. É a prática da perplexidade de pensar o passado para no presente ensaiar o futuro. Neste sentido o TO não é a revolução, mas o ensaio da revolução. É a insurreição dxs oprimidxs das forças internas e externas que xs mantêm inativxs, é o transformar dxs espectadorxs passivxs em atorxs ativxs.

 

Rasgando de vez com as divisões espaciais, temporais e orgânicas entre atorxs e espectadorxs, o Teatro do Oprimido, em particular o Teatro Fórum - inicialmente apelidado de dramaturgia simultânea6- afirma-se como o espelho de Alice onde se refletem as opressões que se querem ver combatidas e se ensaia uma outra realidade.

 

No mesmo sentido, o surgimento do TO alterou também para sempre a forma como experienciamos o Teatro. Em todo o seu trabalho, Boal transmite-nos um sentido ético de Teatro falado e não ouvido, um Teatro-processo e não um Teatro-produto. Com uma forte visão crítica da sociedade do espetáculo, ou seja, da forma como a burguesia recorre ao uso do espetáculo para perpetuar as formas de dominação sobre a classe trabalhadora, Boal recorre ao Teatro como forma de revelar no espetáculo o que não é visível, o que não é consciente, mas que está presente como poder nas relações quotidianas (Boal, 2009).

 

Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: As vezes apenas um segundo.

(Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll)

 

No final da década de 60, e em resposta à censura e ao controlo de informação exercido pelo ditador Emílio Garrastazu Médici, surge o Teatro-Jornal (1968) como técnica de dramatização da realidade das notícias manipuladas pela ditadura. Tal como descreve hoje o Centro de Teatro do Oprimido7, organização que Boal funda no Brasil em 1986 após o seu retorno do exilio, o Teatro-Jornal “é o grito das entrelinhas das notícias censuradas”, a encenação da realidade ocultada pela manipulação da informação. Esta técnica, que surge mais da necessidade do que da inspiração artística, é ainda hoje recorrentemente utilizada por diversos grupos de TO e movimentos estético-políticos para revelar através de imagens as realidades ocultadas pelas múltiplas formas de censura que persistem nas nossas sociedades.

 

Na altura em que se estabelece o Teatro-Jornal como forma de se dizer o que quem domina não quer ver dito, Boal é preso e na sequência exila-se na Argentina (1971). Sobre o tempo que passou na prisão, Boal relata que o tempo que passou encarcerado o transportou para uma outra conceção de espaço-tempo. Longe da auto evidência destas duas categorias, e não as tendo como adquiridas, Boal reflete sobre a forma como estas nos fornecem uma estrutura para determinarmos o que somos e como somos em sociedade. Debruçando-se de forma crítica sobre o que significa ser livre, Boal descobre na prisão que a liberdade ficcionada da rotina do seu corpo o encarcerava “Quando somos livres no espaço estamos presos no tempo8.

 


Para sempre marcado por Virgílio e por esta experiência na prisão, Boal abraça o forte sentimento Guevarista da solidariedade, e para sempre, ir-se-á inspirar nele ao dar corpo ao seu trabalho. Dez anos depois, em França e com a sua companheira Cecília, Boal inicia o caminho daquilo que viria mais tarde a ser designado como Arco-íris do Desejo (1996), um conjunto de técnicas que permitem trabalhar as opressões internalizadas. As que vivem dentro de cada um e cada uma. Foi da sua procura de um espaço estético-político, onde fosse possível dissipar a separação entre atorxs e espectadorxs, e onde a barreira do tempo fosse transposta pela coincidência do presente que se vive com a memória do passado e a imaginação do futuro, que surgiu a consciência sobre as opressões invisíveis que se perpetuam nas ideias e atitudes dxs próprixs oprimidxs (Polícias na Cabeça) (Boal & Epstein, 1988).

 

Cria-se assim uma importante noção no TO, a da tríade epistémica do espaço estético, isto é, a possibilidade que o TO e as suas técnicas têm para:
i) contrair e expandir o tempo e o espaço: no TO é possível encenar a forma como certos momentos experienciados e identificados como opressivos podem ser experienciados de formas distintas em termos de espaço e tempo.
ii) observar e conhecer na escala necessária a opressão: no TO é possível encenar sobre a mesma opressão em diferentes escalas, por exemplo, a forma como a opressão com base no género é exercida tanto ao nível do Estado como ao nível do corpo.
iii) criar a possibilidade de se ser tanto atorxs como espetadorxs da nossa própria ação: no TO tanto podemos interpretar a nossa opressão, como vê-la.

 

Esta tríade resultante da relação entre a vivência e a sua teorização permite então explorar a forma como o par dialético da opressão (subversão-submissão) atua internamente sobre xs oprimidxs. Desenvolvido no espaço estético, o TO assume o lugar onde o método artístico permite agir sobre o futuro e restaurar a ideia de democracia (Boal, 2009). É a exploração do pensamento sensível e do pensamento simbólico, a compreensão dos fenómenos e o revelar das forças escondidas por detrás de uma sociedade de espetáculo e de opressões. Combater essa sociedade, feita de consumo e contemplação obediente aos meios de comunicação hegemónicos, onde somos merxs assistentes, passivxs, inativxs, é combater o analfabetismo estético transformando essa sociedade de espetáculo numa sociedade espetacular de um espetáculo de espectadorxs. Esta proposta, formulada nos últimos anos de vida de Boal, é na verdade o devir do Teatro do Oprimido, e a defesa que o TO não é cultura, mas o desenvolver da própria cultura, tal como o Teatro não é consumo, mas “é ser Humano” (Boal, 2009). O Teatro não é algo que se compra, que meramente se contempla, que se assiste. O Teatro são as estruturas sociais, é a vida consciente, “o Teatro é ser humano”.

 

Na sua obra A estética do oprimido (2009) Augusto Boal fala-nos desse Teatro composto de vidas conscientes e almas sencientes, onde a linguagem utilizada e pensada é tanto a palavra, como a forma, como o som, como a sombra. É estética em diálogo, onde todos os sentidos atuam – sinestesia – é onde se toma a consciência ética, se dá sentido às decisões. Em Jogos para Atores e Não-Atores (1998) Boal deixa-nos um conjunto de jogos e exercícios que permitem ir além do ato de desmaquinar o corpo, explorando coletivamente as opressões que sobre cada um e uma de nós são exercidas. Dota-nos da experiência coletiva de desconstrução e da capacidade criativa e criadora de mudarmos as nossas próprias histórias. No Teatro do Oprimido tudo existe em relação com os outros, os corpos com os objetos, o espaço com o tempo, o corpo com o corpo, com uma única missão, transformar!

 

A única forma de chegar ao impossível, é acreditar que é possível
(Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll)

 

Em 1992 Augusto Boal é eleito Vereador do Rio de Janeiro e nesta nova fase da sua vida também o TO entra numa nova etapa. Munido das técnicas que, durante anos, se desenvolveram nas múltiplas experiências de TO, Boal e a sua equipa parlamentar iniciam o caminho do Teatro Legislativo. Consciente de que o TO, e em particular o Teatro Fórum, nos confronta com as dificuldades e as complexidades dos momentos e das experiências imediatas, Boal organiza-as não apenas com o sentido de encenar os problemas e as soluções, mas dando-lhes também direção para a mudança que pudesse ocorrer através da ação legislativa. Um novo especto-atorx nasce nesse momento, aquele que não se coloca apenas no centro da ação dramática, mas que se coloca no centro da ação legislativa. O seu princípio: “Todos podem fazer política, até os políticos” (Soeiro, 2009).

 

Alterando para sempre a relação dxs cidadxs com a política, o Teatro Legislativo traz à democracia um novo fôlego. Relembra os seus objetivos e devolve-a ao povo. Com o Teatro dx Oprimidx os problemas concretos e os obstáculos às soluções são identificados, com o Teatro Legislativo muda-se a lei com base na construção de uma relação de forças que permite fazer frente às injustiças atuais. Desta forma a ação política é democratizada, a democracia é democratizada, e “o gosto pela política como discussão e ação coletiva, que dá uso à palavra e ao corpo, é recuperada” (Soeiro, 2009).

 

O Teatro dx Oprimidx não é, por isso, a revolução, mas o seu ensaio. Chamamos-lhe Teatro porque nele falamos todas as linguagens, nele dialogamos connosco e com xs outrxs deixando que a perplexidade trace o caminho para a emancipação. Quem por lá já andou sabe que o caminho é o das perguntas incertas. Onde se trocam experiências e situações vivenciadas na pele ou na ideia. Quem por lá andou já leu as entrelinhas das notícias e dos meios de comunicação que nem sempre deixam revelar a realidade dos factos acontecidos. Sabe que a opressão também vive de corpos, e dentro das nossas cabeças. Quem por lá andou deu corpo, estética, ação às pluri-histórias. O TO é, então, o juntar de todas essas histórias que formulam perguntas, perguntas que não se esgotam nas suas respostas, mas que partilham a perplexidade de todas as respostas possíveis e imaginadas. Quem por lá andou, sabe que os espaços de improviso suspendem o real e a sua imagem. Sabe que, de todas as vezes se ensaiam sempre possíveis soluções aos dilemas e aos desafios, e outros se geram. Quem por lá andou, sabe que, ao se pensar a perplexidade de forma coletiva é possível criar desfechos diferentes.

 

É por isso que Augusto Boal é um mestre, porque o teatro não é apenas um evento, mas forma de vida, é um processo onde se aprende e se ensina, onde se democratiza a política e se combatem polícias internalizados. É a revolução de dentro para fora, onde deixamos de ser merxs espectadorxs passivxs do que acontece e passamos a poder agir sobre a realidade, onde deixamos apenas de viver, passando a transformar sem nunca abdicar de pensar.


Referências

  • Boal, Augusto (1996) O arco-íris do desenho: método Boal de Teatro e Terapia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
  • Boal, Augusto (2009) A Estética do Oprimido. Rio de Janeiro: Garamond e Funarte
  • Boal, Augusto & Epstein, Susana (1988) The Cop in the Head: Three Hypotheses. TDR 34, n.3 (1990): 35-42.
  • Soeiro, José (2009) “O Teatro como política contra a política como teatro”, diversidades atuais blogspot, 4 de dezembro. Consultado a 10-12-2014 em URL: http://diversidadesactuais.blogspot.pt/2009/12/o-teatro-como-politica-contra-politica.html

Notas

 

  1. Augusto Pinto Boal nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, a 16 de março de 1931. É o criador do Teatro do Oprimido. Dramaturgo, escritor, político, sonhador e defensor da democracia e da liberdade. Um mestre da solidariedade prática. Faleceu a 2 de maio de 2009 no Rio de Janeiro depois de ter “vivido em quase todo o mundo”. É talvez exagero meu dizer que tenha vivido em quase todo mundo, mas certo é que viveu todo o mundo, e hoje todo o mundo o vive. As suas obras estão traduzidas em mais de 20 linguas.
  2.  Augusto Boal numa entrevista a Amy Goodman do Democracy now! durante o mês de Junho de 2007. A entrevista pode ser vista em: https://www.youtube.com/watch?v=HOgv91qQyJc Para saber mais sobre a vida de Augusto Boal ver a entrevista ao programa Encontro Marcado com a Arte, disponível no youtube em: https://www.youtube.com/watch?v=03klL8GhIpw
  3.  Este texto é escrito segundo o Acordo Queerográfico. Coletivo Acordo Queerográfico (2012) Acordo Queerográfico. e-Cadernos CES, 18, consultado a 07 de Dezembro de 2014. URL: http://eces.revues.org/1539
  4. Arena conta Zumbi, é uma obra de Augusto Boal e de Gianfrancesco Guarnieri que estreou no Teatro de Arena no 1º de maio de 1965. O musical procura colocar em cena as lutas e a resistência dos quilombolas de Palmares e inaugura um novo modelo dramatúrgico conhecido como o Sistema Coringa. Mais informações em: https://institutoaugustoboal.org
  5. Boal define-se como um ser perplexo. Esta autodefinição é encontrada na entrevista que Augusto Boal dá ao Programa Encontro Marcado com a Arte, exibido pela TV Educativa. Essa entrevista encontra-se alojada na plataforma Youtube e pode ser vista através do link: (Parte 1) https://www.youtube.com/watch?v=03klL8GhIpw; (Parte 2) https://www.youtube.com/watch?v=1uk43Uy77ks; (Parte 3) https://www.youtube.com/watch?v=dsIa0B_eVIs
  6. A dramaturgia simultânea é desenvolvida por Boal durante o seu período no Peru, em 1973, no âmbito do programa de alfabetização AFIN.
  7. O Centro de Teatro do Oprimido está situado no Rio de Janeiro, Brasil. Mais informações em: http://ctorio.org.br/
  8. Augusto Boal na mesma entrevista anteriormente referida a Amy Goodman, Democracy now! durante o mês de Junho de 2007. 

 

Como citar

Castro, Irina (2019), "Augusto Boal", Mestras e Mestres do Mundo: Coragem e Sabedoria. Consultado a 28.03.24, em https://epistemologiasdosul.ces.uc.pt/mestrxs/?id=23838&pag=23918&id_lingua=2&entry=34600. ISBN: 978-989-8847-08-9