Mário Vitória (2013) A liberdade comovendo o povo [tinta da china e acrílico s/papel, 50x65cm]

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Algumas pessoas compõem canções, outras pintam quadros ou contam estórias, e há ainda aquelas que fazem revoluções para mudar o mundo. No mar infindável das possibilidades de(...)
Fernando Perazzoli, Flávia Carlet

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Algumas pessoas compõem canções, outras pintam quadros ou contam estórias, e há ainda aquelas que fazem revoluções para mudar o mundo. No mar infindável das possibilidades de(...)
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Oscar Romero 

Teresa Toldy
Publicado em 2022-01-06

Oscar Arnulfo Romero, Arcebispo de San Salvador (entre 1977 e 1980), foi assassinado enquanto celebrava missa, a 24 de Março de 1980. Trinta e cinco anos depois da sua morte, foi proclamado mártir. Contudo, esta proclamação constitui apenas a ratificação do sentir do povo de El Salvador e dos povos da América Latina, que há muito o haviam proclamado S. Romero da América Latina. O que tornou este homem santo aos olhos do povo? O que transformou um padre, um bispo conservador, num incómodo radical para o regime de El Salvador? O que o fez ganhar esta estima na América Latina e fora dela? O que levou a que, mesmo durante o tempo em que a possibilidade da sua canonização ou beatificação permanecia algo longínquo e incómodo para o Vaticano, a sua memória se tivesse mantido viva e o seu nome fosse um dos proclamados na lista dos mártires reconhecidos pelo povo (Oscar Romero… Presente!)?

 

Romero foi, sobretudo, um teólogo da libertação em ato, que fez, ele próprio, um percurso de conversão saindo da posição de representante de uma igreja católica instalada e conivente com o poder, para passar a ser uma das vozes mais marcantes de uma igreja ao lado dos oprimidos. O seu pensamento e a sua ação continuam atuais, porque ele ousou dar voz àqueles a quem a voz era calada, pregando a violência da fraternidade, a violência que quer vencer as armas, transformando-as em foices (tal como se diz na Bíblia): a violência dos não violentos, que expõe a violência da espada, a violência do ódio, como ele próprio escreveu (Romero/Brockman, 2007:25).


Nascido em 1917, numa família modesta da Ciudad Barrios, perto da fronteira entre El Salvador e as Honduras, foi aprendiz de carpinteiro, por vontade do pai. Entrou para o seminário de San Miguel com treze anos de idade. Quando a mãe ficou gravemente doente, na sequência do nascimento do oitavo filho, Romero regressou a casa, para ajudar a família, e foi trabalhar durante três meses para as minas de Potosi. Em 1937, partiu para estudar no seminário dos Jesuítas, em San Salvador. Pouco depois, foi estudar em Roma, na Universidade Gregoriana. Foi ordenado padre em 1942 e regressou a El Salvador em 1943. Começou por ser pároco em Anamoros, uma pequena cidade, e, em seguida, tornou-se secretário do bispo de San Miguel, em cuja diocese permaneceu vinte e três anos, trabalhando não só nas tarefas tradicionais da igreja (catequese e atos litúrgicos), mas também visitando zonas rurais e prisões. Contudo, a sua proximidade com os grandes fazendeiros de café de San Miguel, que o convidavam para as suas fazendas e financiavam a sua caridade, é reveladora de que Oscar Romero, nesta fase, perspetivava a sua atividade ainda como ajuda aos pobres, e não como contributo para um discurso emancipador dos empobrecidos. Scott Wright, na sua biografia de Romero (2009), cita um morador de San Miguel que dizia que Romero parecia S. Vicente de Paulo rodeado de pobres. Do seu ponto de vista, ele conseguia que os ricos dessem esmolas para ele dar aos pobres, aliviando, assim, a consciência dos ricos e a miséria dos pobres.

 

El Salvador encontrava-se sob uma ditadura militar desde 1932, ano da matanza, quando os militares esmagaram um levantamento de camponeses/as matando dezenas de milhares de pessoas. Esta ditadura militar prolongou-se até aos anos 80, com contornos de uma brutalidade extrema. A igreja católica manteve uma posição conservadora até aos anos 50, quando os Jesuítas fundaram a Universidade Centro-Americana, em San Salvador. (Esta viria a ser a Universidade de Ignacio Ellacuría, Ignacio Martín-Baró, Segundo Montes, Juan Ramón Moreno, Amando López e Joaquín López y López e onde trabalhariam também Elba Ramos e Celina Ramos – todos eles assassinados no dia 16 de Novembro de 1989.)

 

Durante os anos 60, deu-se início a uma renovação na igreja católica – o Concílio Vaticano II (1962-1965) – cujo impacto Romero não terá compreendido imediatamente. Em 1968, a Conferência dos Bispos da América Latina (CELAM) reuniu-se em Medellin. Esta assembleia foi decisiva para a emergência de uma igreja na América Latina comprometida com a libertação. Assim, pode ler-se no nº 8 das conclusões desta conferência: “Queremos, como bispos, nos aproximar cada vez com maior simplicidade e sincera fraternidade, dos pobres, tornando possível e acolhedor o seu acesso até nós. Devemos tornar mais aguda a consciência do dever de solidariedade para com os pobres; exigência da caridade. Esta solidariedade implica em tornar nossos seus problemas e suas lutas e em saber falar por eles. Isto há-de se concretizar na denúncia da injustiça e da opressão, na luta contra a intolerável situação suportada frequentemente pelo pobre, na disposição de dialogar com os grupos responsáveis por essa situação, para fazê-los compreender suas obrigações.”

 

Monsenhor Romero foi nomeado secretário-geral da Conferência Episcopal de El Salvador em 1967 e, em 1972, secretário da Conferência dos Bispos da América Central. Contudo, segundo testemunhos da época, não se terá deixado impressionar pelo movimento avassalador a que a reunião de Medellín e o Concílio Vaticano II davam voz. De acordo com Salvador Carranza (cit. in: Wright 2009), Monsenhor Romero ficou à margem de todo este movimento, dizendo-se, até, na altura, que ele era próximo da Opus Dei. Seguramente, nessa época, o seu mundo não era o mundo dos padres e dos agentes de pastoral envolvidos na teologia da libertação.

 

Romero foi ordenado bispo em 1970. A ordenação episcopal contou com a presença do presidente de El Salvador, o que causou mal-estar nos sectores mais progressistas. Em Fevereiro de 1977 foi nomeado Arcebispo de San Salvador. Em Março do mesmo ano, Rutilio Grande, um padre jesuíta, foi assassinado, juntamente com dois camponeses, perto de El Paisnal. Rutilio Grande era conhecido pelas suas homilias, nas quais denunciava a exploração sofrida pelos/as camponeses/as. Ignácio Martín-Baró (1980: 18) explicou assim o contexto e a relevância do assassinato de Rutilio Grande: Evidentemente, o assassinato do P. Grande representava algo mais do que a eliminação de um sacerdote; representava o ataque mediante a violência assassina a uma linha pastoral, a da opção preferencial da Igreja católica pelos pobres, a identificação de sacerdotes e religiosos com os sofrimentos e esperanças do povo de Deus. Mas este assassinato teve igualmente um impacto decisivo naquilo que, para muitos, foi a conversão de Oscar Romero à causa dos pobres na perspetiva da justiça. Diz ainda Martín-Baró (1980: idem): Pouco a pouco, Monsenhor Romero começa a mudar: a sua voz, mais inclinada a anunciar a concórdia, vê-se obrigada a denunciar também a injustiça pecaminosa que produz a morte; a sua palavra, acostumada a permanecer na generalidade do abstracto, adquire a dolorosa concretização da vida quotidiana. A sua voz assume o grito do povo esmagado. Não só as suas cartas pastorais começam a denunciar claramente a repressão, como os seus gestos são carregados de contestação das estruturas de poder salvadorenhas. Um exemplo claro disso foi a sua recusa em participar nos atos oficiais de tomada de posse do General Romero.

 

As cartas pastorais de Monsenhor Romero, como já referido, revestem-se de particular importância tanto para a compreensão da história de El Salvador no momento em que ele as escreveu, como para a visibilização da conversão do seu pensamento e da sua ação à causa da Igreja dos pobres. A primeira carta, com data de abril de 1977, portanto, emitida já depois da morte de Rutilio Grande, parece refletir a própria evolução de Romero. Nela escreve que a Igreja, apesar de ter uma missão espiritual, não pode alhear-se da história: a imagem da nossa Igreja não pode ser definitiva desde una perspetiva simplesmente política ou socioeconómica, mas tampouco desde una perspetiva de indiferença pelos problemas temporais do mundo. Citando o Papa Paulo VI, Romero utiliza a palavra-chave da teologia da libertação e refere-se à articulação entre o evangelho e a promoção humana, entre a autêntica evangelização e a promoção humana, que significa desenvolvimento, libertação, porque, dissociar uma coisa da outra seria ignorar a doutrina do Evangelho acerca do amor por aquele que sofre ou padece necessidade. Termina apelando à conversão da igreja de San Salvador a esta visão.

 

Se a primeira carta pastoral, acabada de citar, faz referências à situação da igreja em San Salvador, tornando-se o sentido do seu texto explícito à luz dos acontecimentos já referidos, a segunda carta (escrita em agosto de 1977) menciona já os conflitos e as calúnias a que a igreja foi sujeita, na sequência da sua reação à morte de Rutilio Grande (a carta refere-se ao sangue dos seus sacerdotes e camponeses). Monsenhor Romero menciona as várias reações: uns alegraram-se, por sentirem a igreja próxima dos seus problemas; outros entristeceram-se, porque a nova atitude da Igreja constituía uma exigência de mudança, e refugiaram-se no tradicionalismo; outros escandalizaram-se farisaicamente, atacando a igreja, considerando-a subversiva, promotora de violência e de ódio, marxista e política. A carta constitui a tomada de posição de Oscar Romero face a estas reações. Começa por dizer que, durante séculos, a igreja não deu a importância devida ao que ia sucedendo no mundo. Contudo, a partir do Concílio Vaticano II e de Medellín, tornou-se mais claro que a igreja está no mundo e que este (mais concretamente, na América Latina), vive momentos decisivos. A história da igreja e a história da humanidade não constituem dois processos dissociados: o anseio de libertação do nosso continente e inclusivamente as realizações parciais dessa libertação integral, de corpo e alma, são um claro sinal da presença de Deus na história.

 

A carta acentua também uma categoria querida à teologia da libertação – a do pecado social, que Romero define como a cristalização dos egoísmos individuais em estruturas permanentes que mantêm esse pecado e fazem sentir o seu poder sobre as grandes maiorias. A igreja tem o dever de denunciar o que se tem chamado com razão o ‘pecado estrutural’, quer dizer, aquelas estruturas sociais, económicas, culturais e políticas que marginalizam eficazmente a maioria do nosso povo. Respondendo às calúnias, Oscar Romero diz que a igreja não é subversiva, nem violenta, pois o que é violento é a situação de injustiça permanente e estruturada. Claro que – acrescenta ele – face a esta situação, as denúncias da igreja são consideradas uma palavra violenta, mas a igreja não pode renunciar a ela. Neste mesmo sentido, a igreja não é marxista, mas, segundo se afirma na carta, agora, ela acrescenta à sua crítica de uma ideologia ateia (o marxismo), a condenação do sistema capitalista como um dos materialismos práticos.

 

Na parte final desta segunda carta, Monsenhor Romero fala do testemunho de uma igreja perseguida: a igreja em El Salvador, apesar de ser reconhecida juridicamente, é perseguida, nas pessoas dos seus padres e catequistas, mas sobretudo, na pessoa do povo salvadorenho, cujos direitos são espezinhados, fazendo-se desaparecer pessoas, matando, caluniando. Se a igreja pregar a salvação eterna, não se comprometendo com os problemas reais do mundo, é respeitada, concedendo-se-lhe privilégios, mas, quando anuncia a esperança de um mundo mais justo e humano, então é perseguida e caluniada, apelidada de subversiva e comunista. No momento difícil a que a carta se refere, Oscar Romero apela à unidade em torno das causas fundamentais da justiça social, da melhoria real do homem salvadorenho, sobretudo das maiorias campesinas, da defesa dos seus direitos humanos, do direito à vida, à educação, à habitação, à saúde, do direito de organização, sobretudo daqueles que, como os/as campesinos/as, são mais facilmente vítimas da opressão quando são privados de tal direito.

 

A terceira carta pastoral, escrita um ano depois (1978), constitui uma denúncia renovada dos acontecimentos que nos inundam num mar de amarguras e confusões, nas palavras de Romero, e pretende constituir uma resposta eficaz para encontrar um caminho possível de saída para o difícil momento que o país atravessa (referindo-se à lei marcial, então imposta). A carta centra-se nos temas das organizações populares e da violência. Quanto ao primeiro tema, extremamente relevante, dada a repressão a que estas organizações, de iniciativa sobretudo campesina, eram sujeitas em El Salvador, Romero diz que o direito de organização faz parte dos direitos humanos. Afirma ainda que a igreja defende o direito das justas reivindicações e denuncia que, com simplismo perigoso e mal-intencionado, se queira confundi-las e condená-las como terrorismo ou subversão ilícita.

 

Nesta carta, que constitui uma denúncia fortíssima da violência em El Salvador, Oscar Romero distingue entre violência institucionalizada (produto de um sistema socioeconómico e político, nacional e internacional, que priva a maioria dos seus direitos, a favor de uma minoria privilegiada), violência repressiva do Estado (das forças de segurança, que sufoca os que protestam contra a primeira forma de violência mencionada), violência terrorista (sob a forma de guerrilha), violência espontânea (manifestações, greves justas, reclamações, resultantes do desespero e do clamor pelos direitos), violência em legítima defesa (em reação à violência de que uma pessoa ou grupo é alvo) e, por fim, violência da não-violência, daqueles que combatem com  a força moral da não violência.

 

Monsenhor Romero toma posição em relação a estas formas de violência, afirmando que a igreja não defende a violência, mas sim a primazia da paz. Mas a paz é fruto da justiça. Enquanto se mantiverem as causas estruturais da violência (a miséria, a intransigência das minorias poderosas face às maiorias), continuará a haver violência. Por isso, a tarefa mais urgente é a construção da justiça social. A carta termina com um apelo aos detentores do poder político para que legislem tendo em conta as maiorias do campo, onde surgem grandes problemas de terra, salário, assistência médica, social e educativa; abram um espaço político pluralista; permitam o direito de organização aos camponeses; atendam ao repúdio do povo pela lei de defesa e garantia da ordem pública; amnistiem os presos acusados de ter violado tal lei; libertem os desaparecidos e permitam o regresso ao país daqueles que não eram autorizados a fazê-lo por motivos políticos.

 

A sua última carta pastoral, intitulada Missão da Igreja na crise do país, é escrita depois da Terceira Conferência Episcopal da América Latina, em Puebla, a cujo espírito Monsenhor Romero declara aderir e cujas ideias-chave quer transferir para a Igreja de San Salvador, nomeadamente, fazendo uma leitura da crise do país e enunciando qual o contributo da igreja para o processo de libertação do povo salvadorenho. A carta pastoral refere-se à situação de extrema pobreza generalizada das crianças, jovens, camponeses/as, operários/as, desempregados/as e sub-empregados, marginalizados, velhos. Menciona ainda a deterioração da situação política (denuncia 406 assassinados por motivos políticos perpetrados pelas forças de segurança entre janeiro e agosto de 1977). Esta situação económica e política resulta, na perspetiva de Romero, da exploração económica e da oposição cerrada de importantes sectores do capital a todas as iniciativas populares ou do governo que, através de la organização gremial, procuram melhorar as condições de vida e elevar os níveis dos salários das classes populares. Estos sectores dominantes, sobretudo o agropecuário, não podem admitir a sindicalização campesina, nem operária, enquanto, com mentalidade capitalista, a consideram um perigo para os seus interesses económicos. A repressão contra as organizações populares converte-se, para essa mentalidade, numa espécie de necessidade para manter e aumentar os níveis de ganância, mesmo que seja à custa da pobreza crescente das classes trabalhadoras.

 

A carta denuncia igualmente a corrupção da justiça, à qual Monsenhor Romero chama de prostituição da justiça, e que se manifesta na impunidade de tantos horrorosos crimes, muitos deles perpetrados pelo corpo de segurança de forma descoberta ou, segundo a voz popular, camufladas de civis; na indiferença à angústia de tantas famílias que pedem a liberdade ou, pelo menos, notícias dos seus entes queridos desaparecidos ou em poder das autoridades. Na segunda parte da carta, Romero refere contributos decisivos da Igreja para o processo de libertação do povo salvadorenho. Denuncia como males do país, a absolutização da riqueza e da propriedade privada, bem como a absolutização da segurança nacional, e afirma que a igreja deve promover a libertação integral do homem. Significa isto que a igreja atraiçoaria o seu amor a Deus e a sua fidelidade ao Evangelho se deixasse de ser a voz dos que não têm voz, defensora dos direitos dos pobres, animadora de todo o anseio justo de libertação, orientadora, potenciadora e humanizadora de toda a luta legítima para conseguir uma sociedade mais justa. E acrescenta: Isto exige à igreja uma maior inserção entre os pobres, com quem deve solidarizar-se, incluindo nos seus riscos e no seu destino de perseguição, disposta a dar o máximo testemunho de amor para defender e promover aqueles que Jesus amou preferencialmente.  E exige também não dar de caridade o que se deve de justiça. É esta mesma justiça que Monsenhor Romero considera ser a juíza da violência, por isso, à violência estrutural, terrorista, arbitrária, Monsenhor Romero opõe a violência da insurreição e a legítima defesa. Citando os documentos de Medellín, afirma: a insurreição é legítima nos casos muito excecionais de tirania evidente e prolongada que atentam gravemente contra os direitos da pessoa e danificam perigosamente o bem comum do país, quer este seja posto em causa por uma pessoa ou por estruturas evidentemente injustas (Cfr. 3ª Carta Pastoral n. 132).

 

A voz insurreta e profética de Monsenhor Oscar Romero levou-o a dizer estas palavras, no dia 23 de Março de 1980, reagindo à brutal violência em El Salvador: Em nome de Deus e desse povo sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem a repressão.

 

Foi assassinado no dia seguinte. Nos tumultos durante o seu funeral, as forças de segurança terão matado 40 pessoas.

 


Referências:

  • Romero, Oscar, Cartas Pastorales, in: Oficina de la Causa de Canonización: http://www.romeroes.com/monsenor-romero-su-pensamiento/cartas-pastorales
  • Romero, Oscar (2007), The violence of Love. Comp. E trad. James R. Brockman. Farmington: Plough Publishing House.
  • Martín-Baró, Ignácio (1980), La Voz de los sin voz: La palabra viva de Monseñor Oscar Arnulfo Romero, San Salvador: UCA Editores.
  • Wright, Scott (2009), Oscar Romero and The Communion of the Saints. Maryknoll: Orbis Books.

Outros subsídios:


 

Como citar

Toldy, Teresa (2019), "Oscar Romero ", Mestras e Mestres do Mundo: Coragem e Sabedoria. Consultado a 28.03.24, em https://epistemologiasdosul.ces.uc.pt/mestrxs/?id=23838&pag=23918&id_lingua=1&entry=36576. ISBN: 978-989-8847-08-9