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Banda lança clipe sobre tragédia no Rio Doce causada pelo rompimento de barragens

“Quanto Vale?” composta pelo Djambê, de Belo Horizonte, aborda a responsabilização das empresas mineradoras.

Brasil de Fato
Rafael Tatemoto
02 Mar 2016

Após quatro meses do rompimento das barragens da Samarco, que devastou diversas cidades ao longo do Rio Doce, a banda mineira Djambê lançou nesta quarta-feira (2) o clipe da música “Quanto Vale?”.

De acordo com o grupo de Belo Horizonte, o vídeo foi construído de forma coletiva. Amigos foram convidados a participar e, no dia da gravação, cerca de 50 pessoas apareceram para colaborar, ajudando com encenação, preparação de cenário e figurino. “A ideia básica do clipe já havia sido explicada, mas todos ficaram livres para sugerir cenas e trazer outros pontos de vista”, conta Priscilla Glenda, uma das vocalistas do grupo.

Participaram integrantes do Grupo dos Dez de Teatro, do Ballet Jovem, do Teatro do Palácio das Artes, militantes do Levante Popular da Juventude, residentes da Casa Fora do Eixo Minas, fotógrafos, além de pais, mães e irmãos de integrantes da banda.

A produção aborda a relação entre as mineradoras e o mundo da política, por meio do financiamento empresarial de campanha. “O clipe traz a nossa visão diante do ocorrido, com alguns personagens principais como o fio condutor da história: o empresário, o político, a imprensa e as vítimas. A ênfase das imagens está nas pessoas, por isso utilizamos um fundo preto e o plano americano”, explica Priscilla.

Composição
A primeira versão de “Quanto Vale?” foi divulgada dias após a ruptura da barragem da Samarco. O vídeo ganhou grande repercussão nas redes. Com a divulgação da música, a banda foi convidada a tocá-la ao vivo.

“Depois que a gente lançou aquela música, na versão voz e violão, a gente não esperava o alcance que ela ia ter. A gente lançou para ser um grito de denúncias mesmo”, afirma Emílio Dragão, outro vocalista da banda e compositor da canção. Além de contar com outro arranjo, a letra de “Quanto Vale?” também foi complementada.

A primeira apresentação ocorreu na abertura do Festival de Arte Negra, em novembro do ano passado, quando o Grupo dos Dez de Teatro convidou o Djambê para uma apresentação com lama no Memorial Minas Vale, centro cultural mantido pela Vale.

Dias depois, a banda recebeu o convite para tocar em Regência (ES),vila no município de Linhares localizada a 120 km de Vitória, onde se localiza a foz do Rio Doce. O lugar tinha a economia atrelada fortemente à pesca e ao turismo.

“No caminho para lá fomos margeando o rio e presenciamos a destruição e o desespero de algumas famílias ribeirinhas. Além de não ver nenhum vestígio de vida nas proximidades do rio, ficamos devastados com o cenário, que parecia de guerra, com comboios de caminhões de água mineral escoltados pela polícia e filas de moradores esperando para receber doações. E quando, finalmente, chegamos, não acreditamos no que estávamos vendo. A praia estava irreconhecível, mar de lama e areia suja”, lembra Priscilla.

“A motivação do clipe veio dessa viagem, desse impacto que a gente sofreu vendo tudo isso de perto, a gente pensou que a gente tinha que fazer alguma coisa, dar um grito maior ainda. E como a gente faz arte, o jeito de contribuir com isso é fazendo arte”, completa Emílio.

A banda Djambê é composta por Emílio Dragão, voz; Priscilla Glenda, voz e samplers; Júnior Caban, baixo; Mayra Motta, percussão e Letícia Damares, guitarra.

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