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Policiais aterrorizam manifestantes durante ato em São Paulo

Ação comandada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) reprimiu violentamente o quarto protesto contra o aumento da tarifa de ônibus, metrô e trens

Brasil de Fato
14 Jun 2013
Eduardo Sales e José Francisco Neto

Pessoas desmaiando, gritaria, centenas de homens e mulheres presos e feridos gravemente, inclusive idosos e crianças. Essas foram algumas das marcas deixadas nesta quinta-feira (13) pela Polícia Militar durante o quarto protesto pacífico pela redução das tarifas do transporte público em São Paulo (SP).

As tarifas subiram de R$ 3,00 para R$ 3,20 no início deste mês. Porém, tanto o prefeito, Fernando Haddad (PT), quanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deixaram claro que não irão reduzir o valor das passagens. Alckmin, inclusive, chegou a elogiar a ação da PM, e Haddad, que chegou a pronunciar que o ato foi marcado pela violência policial, dias antes tinha dado total apoio para a PM reprimir manifestantes em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Imagem da manifestação do último dia 14 de junho (Foto: CMI Brasil)

Por volta das 18h30 da noite, cerca de 20 mil manifestantes se concentraram em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, de onde partiram para marchar pelas ruas do centro. Entre eles, vários trabalhadores e estudantes que retornariam para suas casas e se juntaram ao protesto. Tudo ocorria tranquilamente.

Entretanto, após trinta minutos de passeata pacífica, na qual os manifestantes entoavam palavras de ordem como “Ooo, o povo acordou!” e “Vem, vem, vem pra rua vem, contra o aumento”, dezenas de homens da Tropa de Choque da PM perfilaram-se em formação de ataque.

Nesse momento, por volta das 19h, na rua da Consolação, entre a simbólica rua Maria Antônia (em que estudantes das universidades do Mackenzie e USP entraram em conflito na ditadura civil-militar), e a Praça Roosevelt, os policiais militares iniciaram um “massacre” com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral jogadas contra as pessoas. Uma sequência de tiros de balas de borracha foi disparada ferindo dezenas de pessoas, inclusive inúmeros jornalistas, dentre eles, sete da Folha de S. Paulo.

Ainda na mesma rua, a polícia atirava indiscriminadamente, ferindo até pessoas que só passavam pela região. Essa senhora (da foto ao lado) levou um tiro de bala de borracha no rosto enquanto atravessava a via.

Os manifestantes chegaram a se ajoelhar diante dos policiais para que eles não atirassem. Mas a PM agiu covardemente e disparou centenas de balas de borracha em quem estivesse na frente.

Uma criança, de aproximadamente dez anos, também foi vítima da ação da PM. O menino, com um tiro de bala de borracha na perna, se retorcia de tanta dor, até ser levado para uma farmácia pelos manifestantes.

Guilherme Aguiar, de 15 anos, que também participou do protesto, disse ao Brasil de Fato que chegou a desmaiar de tanto inalar a fumaça do gás lacrimogêneo. “Acordei com o pessoal me socorrendo, passando mal. Desacordei. Depois vomitei algo branco.”

Repressão continua
Se a ação da Polícia Militar, a mando de Geraldo Alckmin, pretendia abafar de vez o movimento naquele momento, não houve sucesso. Uma parte dos manifestantes atirou pedras em defesa legítima contra os PMs, e outra se dividiu em vários grupos pelo centro da cidade, entoando palavras de ordem e de forma pacífica.

Não satisfeita com a repressão, a PM iniciou perseguições a manifestantes com motos e viaturas pelo centro da cidade. A reportagem do Brasil de Fato testemunhou o quase atropelamento de um jovem na avenida Paulista por uma moto policial.

Por sinal, dos grupos que se dividiram, um de cerca de mil pessoas conseguiu chegar à Paulista e protestar em frente à Fiesp. Foram barbaramente reprimidos com bombas de efeito moral. Nesse ínterim, as portas das estações de metrô foram fechadas, e muitas pessoas que queriam sair das estações, foram arbitrariamente impedidas de sair delas.

O próximo protesto está marcado para o dia 17 de junho, no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

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