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Ymá Nhandehetama / Antigamente fomos muitos

“Nós sempre fomos invisíveis. O povo indígena, os povos indígenas, sempre foram invisíveis para o mundo. Aquele ser humano que passa fome, que passa sede, que é massacrado, perseguido, morto lá na floresta, nas estradas, nas aldeias. Esse não existe. Para o mundo aqui fora existe aquele indígena exótico: o que usa cocar, colar, que dança, que canta. Coisa para turista ver. Mas aquele outro que está lá na aldeia, esse sofre de uma doença que é a doença de ser invisível. De desaparecer. Ele quase não é visto. Tanto para o mundo do Direito, principalmente para o mundo do Direito, como ser humano. Ele desaparece. Ele se afoga nesse mar de burocracia, no mar de teorias da academia, ele é afogado no meio das palavras. Quando a academia, os estudiosos, entendem mais de indígena, de índio, que o próprio índio. Ele é invisibilizado pela própria academia (…)”

Criado em parceria por um indígena do povo guarani e um pesquisador do contexto amazônico, Ymá Nhandehetama (Armando Queiroz, Almires Martins e Marcelo Rodrigues, Brasil, 2009) reflete, segundo a apresentação da obra que consta no site da 31a Bienal de São Paulo, sobre os dilemas da região a partir da história oral.

Em guarani, Ymá Nhandehetama significa “antigamente, fomos muitos”. A obra nasceu do encontro entre Almires Martins – indígena do povo guarani, que já foi boia-fria cortador de cana – e Armando Queiroz, que realizava uma pesquisa sobre estigmas históricos da região amazônica.

A partir de depoimentos individuais, constrói-se uma memória coletiva (de um povo que, como o título da obra revela, não era minoria no passado). A subjetividade das falas empodera o narrador, legitimando seu discurso e suscitando novas reflexões sobre o contexto amazônico.

“A ação política que acontece em Ymá Nhandehetama é um reflexo da atividade de Armando Queiroz como artista, curador, professor, escritor e diretor da Casa das Onze Janelas, espaço cultural e de arte contemporânea em Belém. Todas essas atividades estão hoje caracterizadas por uma reflexão sobre a Amazônia como terreno de disputas geográficas, econômicas e identitárias.”

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