Esta página não será mais actualizada!
Por favor visite o novo Alice News em alicenews.ces.uc.pt

¡Esta página ya no será actualizada!
Por favor visite el nuevo Alice News en alicenews.ces.uc.pt

This page will no longer be updated!
Please visit the new Alice News at alicenews.ces.uc.pt

Esta página não será mais actualizada!
Por favor visite o novo Alice News em alicenews.ces.uc.pt

¡Esta página ya no será actualizada!
Por favor visite el nuevo Alice News en alicenews.ces.uc.pt

This page will no longer be updated!
Please visit the new Alice News at alicenews.ces.uc.pt

Próxima edição do FSM, no Canadá, aposta na construção horizontal para articular a esquerda

Coletivo responsável pela organização do Fórum Social Mundial 2016 apresentou, em Porto Alegre, os principais temas e princípios em que está baseada a construção do primeiro FSM no hemisfério norte

Ciranda
Intervozes
Bia Barbosa
22 Jan 2016

A pergunta “qual o futuro do Fórum Social Mundial” é daquelas que, já há alguns anos, tem ocupado parte importante das reflexões e debates entre as organizações que, há 15 anos, deram os primeiros passos do processo que se propôs a articular forças progressistas em todo o planeta para construir um outro mundo possível. As respostas são muitas, e seguem em debate esta semana em Porto Alegre, nas centenas de atividades e conferências do Fórum Social Temático voltado a celebrar este importante aniversário do FSM.

Enquanto isso, a jornada da organização de novas edições do Fórum continua. E a próxima etapa se dará no Canadá, de 9 a 14 de agosto, no primeiro encontro do FSM num país do hemisfério norte. Nesta quarta-feira (20/01), o coletivo canadense que veio ao Brasil apresentou os principais temas e princípios em que está baseada a organização do próximo Fórum. Uma metodologia de construção horizontal é uma das principais apostas para, além de articular diferentes setores da esquerda no país sede e ao redor do mundo, reinventar o Fórum Social Mundial, repactuando sua importância estratégica com movimentos sociais, organizações da sociedade civil e ativistas dos cinco continentes.

“O que nos une é o sonho por um mundo diferente, em que homens e mulheres vivam com dignidade, no qual todos possam ser empoderados e contribuir da sua própria maneira”, conta Carminda MacLorin, coordenadora do Comitê de Montreal. “Tentamos viver de maneira ativa essa horizontalidade, para criar um movimento em que todos e todas se reconheçam, porque precisamos de todos para construir este Fórum. Outro mundo não só é possível, mas necessário. E o caminho para fazer isso é construindo juntos”, acredita a militante, que integrou as recentes lutas do movimento Occupy no país.

A estratégia é fundamental para atrair um segmento que sempre se mostrou central nas lutas do FSM: as juventudes. No Canadá, elas estão representadas não apenas na maioria do comitê organizador local como também nas ações de mobilização para o Fórum. Cerca de 1500 escolas secundárias do país foram convidadas para participar do encontro em agosto. O objetivo é atingir mais de um milhão de jovens e prepará-los para este mergulho no movimento altermundista.

“Queremos facilitar ao máximo o percurso de um jovem dentro do FSM, para que eles participem de maneira organizada, e não só estejam presentes”, explica Caterina Milani, do Comitê de Juventude. Uma das ferramentas de acolhimento desenvolvidas é um projeto sobre o Fórum que será distribuídos aos professores dessas escolas secundárias, para que eles pautem e debatam a história, os objetivos e conquistas do FSM dentro da sala de aula, já neste semestre. É material que outros países e comitês poderão, inclusive, replicar ao longo dos esforços de mobilização rumo ao Canadá.

Organizações e movimentos tradicionais, entretanto, não ficarão de fora. Uma chamada global de participação já foi lançada e a maior central sindical do país, por exemplo, já confirmou presença.

Eixos principais
Dentre os temas que devem concentrar as atenções na edição de Montreal está a proteção ao meio ambiente e o combate ao aquecimento global e à ação das petrolíferas e mineradoras. O movimento social canadense hoje conta com uma forte articulação contra a destruição de territórios indígenas pela ação de empresas de mineração. Parte da delegação do país que veio a Porto Alegre passará, antes da volta pra casa, por Mariana, para ver de perto os impactos do crime ambiental praticado pela Vale e pela Samarco.

“Acreditamos que o neoliberalismos está totalmente ligado à destruição ambiental. Que há uma relação entre a crise financeira e a crise ambiental. Por isso, vamos testemunhar este desastre, criar laços de solidariedade com quem luta contra as mineradoras e esperamos que, durante o FSM, seja possível reunir pessoas de todo o mundo para pressionar empresas e governos para que respeitem o meio ambiente e os direitos dos povos”, afirmou Dominique Bernier, da ATTAC Quebec.

Considerando também a importância do movimento feminista no Canadá, o FSM 2016 contará com um eixo temático sobre diversidade de gênero, que está sendo organizado por um comitê feminista local. Segundo a delegação canadense em Porto Alegre, será possível integrar esses comitês à distância nos próximos meses de preparação do encontro. Outros temas centrais serão a questão da descolonização e os desafios dos refugiados e imigrantes no mundo.

Fórum de Mídia Livre
Como todas as edições do FSM, essa também será precedida de Fóruns Temáticos, como o Fórum Mundial de Mídia Livre. A quinta edição do FMML está sendo organizada a partir de quatro eixos: o futuro da internet e sua governança; vigilância em massa e segurança dos midialivristas; sustentabilidade das mídias livres; e a defesa das redes de comunicação dos povos originários – tema muito importante no contexto canadense.

Stéphane Couture, pesquisador da Universidade McGill e membro da comissão organizadora do FMML no Canadá, também lembrou que o evento prévio contará com um Laboratório Hacker, como nas edições anteriores, e que seus ativistas também contribuirão com a cobertura compartilhada do FSM ao longo dos dias seguintes do Fórum.

Para além dos debates sobre mídia livre, a comunicação institucional do FSM também será uma ferramenta importante de mobilização de participantes em todo o mundo. O site do Fórum de Montreal, trilingue, já traz um formulário para inscrições online e a possibilidade de se cadastrar para receber uma newsletter com todas as novidades do processo. A página também traz informações sobre como tirar visto para entrar no Canadá e solicitar apoio finaceiro para a viagem.

Esta, aliás, é outra novidade desta edição: uma plataforma de sociofinanciamento, por meio da qual interessados em participar do Fórum poderão apresentar projetos (prioritariamente em inglês ou francês) e o comitê local buscará financiadores para apoiar a viagem de indivíduos ou organizações ao Canadá. A expectativa é reunir entre 50 e 80 mil pessoas, representantes de 5 mil organizações, de 120 países diferentes.

Related posts:

  1. FSM ruma para o Norte: Edição 2016 em Montreal (Quebec, Canadá)
  2. FSM: “Saímos com mais força, mais seguros e mais conscientes”
  3. Mesa de convergência pede união da esquerda, alternativa ao capitalismo e fim das guerras e da exploração
  4. World Social Forum 2016 in Montreal (Canada): Call to mobilization
  5. A Esquerda do futuro: uma sociologia das emergências

Designed by WPSHOWER

Powered by WordPress

CES UC CES SFP
Site developed with
Software Open Source

Creative Commons License