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Estado ao Espelho: como a Diversidade Social Desafia Instituições Modernas em Contextos Latino-Americanos

Investigador: Mauricio Hashizume

Quanto mais se evidencia a relevância da diversidade social, maior é o interesse com relação às potencialidades concretas a ela associadas. Nesse contexto, merecem especial atenção por parte das ciências sociais as possíveis contribuições da interculturalidade no que diz respeito aos limites, incongruências e violências de estruturas estatais fundadas no cânone monocultural ocidental eurocêntrico. Conforme sublinhado por Boaventura de Sousa Santos, que vem se dedicando às chamadas “epistemologias do Sul” como resposta à frustração que acompanha as teorias pretensamente “universalistas” formuladas no Norte, é preciso valorizar a “ecologia de saberes”. No contexto da América Latina, os processos de institucionalização devem evidentemente observar a influência da colonialidade (do poder, do saber e do ser), que conta com o relevante suporte de formas de colonialismo interno. Para compreender como as traduções interculturais interpelam o Estado moderno, propõe-se um estudo em parceria com duas comunidades indígenas: uma no Brasil e outra na Bolívia.


Palavras-chave: Interculturalidade; Estado; Povos Indígenas; América Latina; Plurinacionalidade
Países de referência: Brasil, Bolivia