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Racionalidades de Relações Democráticas Alternativas: Procedências das Democracias Indígenas Bolivianas

Investigador: Mara Bicas

Tendo como base o quadro teórico das “Epistemologias do Sul” (Santos, 2010), este projeto procura estudar as conceções e práticas deliberativas indígenas como um aporte para questionar a democracia de tradição eurocêntrica. Tendo como ponto de partida que estas democracias indígenas assentam em formas de deliberação baseadas no comunitário, na interconexão entre seres humanos-natureza e em cosmovisões que congregam a dualidade e a complementaridade na ideia de taypi (equilíbrio); o objetivo é analisar a importância dos princípios de equilíbrio da diversidade nas democracias indígenas andino-amazónicas na Bolívia, para repensar a ideia hegemónica de democracia liberal-representativa e, em última instância, o horizonte de uma democracia intercultural. Partindo dos movimentos indígenas Consejo Nacional de Ayllus y Markas del Qullasuyu (CONAMAQ) e Confederación de Pueblos Indígenas de Bolivia/Asamblea del Pueblo Guarani (CIDOB/APG) analiso as práticas deliberativas no ayllu-marka (aymara-quechua) e tenta-tekoa (guarani). O projeto pretende trazer para o diálogo com a Europa outra racionalidade de relações democráticas através da ideia de complementaridade e coordenação do pluralismo político plurinacional.


Palavras-chave: Paradigma Comunitário-Paradigma Ocidental, Racionalidades de Relações Alternativas, Democracias Comunitárias, Movimentos Indígenas Bolivianos, Epistemologias do Sul
Países de referência: Bolívia