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O 1º de maio pelo mundo

Neste ano, as comemorações do dia 1º de maio ao redor do mundo foram bastante marcado pelas circunstâncias nacionais e regionais do momento.

Carta Maior
02/05/2014
Flávio Aguiar

Neste ano, o 1º. de maio ao redor do mundo foi bastante marcado pelas circunstâncias nacionais e regionais do momento.

Em Seul, na Coreia do Sul, houve manifestação que se confundiu com protestos e luto pelo acidente com o ferry-boat que deixou centenas de mortos e desaparecidos, na maior parte jovens estudantes em excursão.

Em algumas cidades houve confrontos com a polícia, como em Istambul, na Turquia, onde manifestantes, num gesto surpreendente, jogaram abacaxis contra os policiais, que responderam com gás lacrimogênio.

O primeiro ministro Tayyip Erdogan anunciara a proibição de manifestações na praça Taksim, em Istambul. Mas 33 organizações sindicais desafiaram a proibição, e ali se registrou a maior parte dos confrontos. Também houve manifestações em Ancara, a capital.

Em Phnom Penh, capital do Camboja, houve confrontos, com cinco detidos. Manifestações de vulto também ocorreram na Malásia e na Indonésia. Em Jacarta, capital da Indonésia, a principal manifestação partiu de mulheres que trabalhavam em fábricas de calçados para a Adidas, ganhando o equivalente a 1 dólar por dia, e que foram despedidas por reivindicarem um aumento.

Na Ucrânia houve uma grande manifestação na cidade de Odessa, na margem no Mar Negro, que se transformou num protesto contra o governo de Kiev.

Já em Moscou houve um desfile de 100 mil trabalhadores que, em grande parte, apoiaram Vladimir Putin e sua atuação na crise ucraniana. Foi o primeiro desfile deste tipo em Moscou desde o fim da União Soviética, em 1991. Alguns manifestantes levavam a bandeira da Crimeia, recém-reanexada à Rússia. Em São Petersburgo participantes de movimentos de gays e lésbicas marcharam pela cidade, em protesto contra medidas repressivas do governo.

Na África do Sul, houve uma grande manifestação no estádio Peter Mokaba, com a presença do presidente Jacob Zuma.

No Marrocos, o governo anunciou um aumento de 10% no salário mínimo. O mesmo ocorreu na Venezuela, com um aumento de 30% no salário mínimo e nas aposentadorias.

Na Europa Ocidental, com o padrão de vida em queda devido à crise financeira e os planos recessivos de austeridade, as manifestações se concentraram em melhores salários, garantia de emprego. Estas foram as tônicas das manifestações em Paris, Londres, Lisboa e Madri. Na Espanha, além da capital, mais 70 cidades registraram manifestações de vulto.

Berlim não fugiu à regra. O dia começou com a tradicional manifestação da DGB, a CUT alemã. Sindicatos importantes, como o IGMetall, dos metalúrgicos, acorrem a esta manifestação, que foi até o Portão de Brandemburgo. É a manifestação preferida dos veteranos – veteranos sindicalistas, veteranos de 68. As palavras de ordem giravam em torno de melhores salários para todos, salário mínimo imediato de 8,50 euros por hora para todos, solidariedade internacional, sobretudo com os povos dos países chamados do sul da Europa, direitos para os imigrantes e seus filhos, e mobilização contra o NPD, o partido neonazista.

Além das palavras de ordem, rolaram também muita cerveja e as tradicionais “Wurst”, as salsichas alemãs, como é costume.

À tarde a manifestação volta-se para Kreuzberg, o tradicional bairro dos imigrantes turcos. Aqui acorreram, como é tradição, os movimentos alternativos, a Linke e os Verdes, que hoje estão na oposição. Rolaram muita música tecno, caipirinha brasileira e mojito cubano, além de quitutes típicos da cozinha turca.

Apesar do ar festivo predominar, dando à concentração um ar de ‘festival da primavera’, o tom político permaneceu presente. A mídia destacou que foi a maior manifestação dos últimos primeiros de maio, com 20 mil pessoas – e 19 mil policiais presentes, vindos de toda a Alemanha.

Depois desta festa, houve uma manifestação dos “Autonome”, os black-blocs daqui e inspiradores destes, que costuma acabar em confronto com policiais. Este 1º. de maio não fugiu à regra, mas desta vez o confronto foi bem menor do que das outras vezes, envolvendo apenas algumas centenas de manifestantes e um outro tanto de policiais, além de três blindados lançadores de jatos de água. Houve poucos detidos, logo liberados. Este esvaziamento deste tipo de confronto já vem acontecendo há algum tempo.

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