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Pode-se afirmar que um novo senso-comum social e económico está a emergir apontando para futuros onde paradigmas pós-capitalistas e pós-desenvolvimentistas se corporizam em agendas políticas outras, pensadas como utopias tangíveis e concretizáveis. Organizações sociais de base e iniciativas de cidadãs e cidadãos têm revelado experiências que procuram ser construtoras efetivas de alternativas ao princípio de acumulação infinita capitalista e à degradação ambiental que ela pressupõe. Estas práticas cobrem campos tão diversos como cooperativas, comércio justo, economias de troca, bancos do tempo, economias solidárias, economias do decrescimento, moedas sociais, redes de empréstimo e investimento recíproco, mercados sociais, economias do dom, economias do cuidado. Estas iniciativas estão a fazer nascer novos campos de investigação científica e estão, cada vez mais, a marcar presença nos debates públicos. É necessário pensar sobre o alcance destas múltiplas e diversas experimentações sociais à escala global para que se possam analisar e teorizar como centralidades na superação da presente hegemonia das desigualdades e do desrespeito pela dignidade humana e na procura da justiça social para todas as criaturas do mundo.
Abaixo encontra um conjunto de contribuições para expandir a discussão.